sábado, 28 de dezembro de 2013

ESTÂNCIA TURISTICA DE JOANÓPOLIS




Joanópolis - é um município brasileiro do estado de São Paulo, na microrregião de Bragança Paulista, nos contrafortes da Serra da Mantiqueira, divisa com Minas Gerais. Devido ao seu clima, relevo ideal para trilhas e formado por um povo antigo, a região atrai muitos turistas paulistanos. Localiza-se a uma latitude 22º55'49" sul e a uma longitude 46º16'32" oeste, estando a uma altitude de 906 metros. Sua população estimada para 2008 é de 11.107 habitantes. Possui uma área de 374,6 km². A densidade demográfica é de 30,76 hab/km². Estância turística
Joanópolis é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de
Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais. O Ermitão ou Judeu errante ou Ahsverus representa o que há de mais misterioso, antigo e rústico na tradição civilizatória
História
A história da formação do Bairro do Curralinho inicia-se quando às margens do Ribeirão Jacareí (Jacarehy), entre 1730 e 1740, começou a se formar um arraial pelos Sertanistas ou Bandeirantes que, a princípio, devido a sua localização às margens do rio, ficou conhecida pelo nome de Bairro de Jacareí. Com o aumento da população, os moradores da região compreendida entre o alto curso dos rios Jaguari e Cachoeira, em 1878, reuniam-se no terreiro de Domingos Fernandes de Almeida e ali se construiu uma cruz, para festejar São João Batista, no dia 24 de junho de cada ano. Naquele ano, decidiram escolher os
festeiros Anselmo Gonçalves Caparica e Ambrosina Pinto para organizar anualmente essas comemorações. O Ermitão ou Judeu errante ou Ahsverus: conta a lenda que este milenar ancião esteja perambulando na Serra da Mantiqueira e dizem que fora visto em Joanópolis SP, Camanducaia MG e Visconde de Mauá RJ. Tiveram a ideia de construir uma pequena capela que abrigasse os fiéis nas proximidades do antigo cruzeiro. Neste ano, João José Baptista Nogueira e Luiz Antônio Figueiredo, doaram 4,5 alqueires de terra para formação de um patrimônio, onde foi erguida a capela, recebendo a povoação o nome São João do Curralinho, nos primeiros contrafortes da Serra da Mantiqueira, no território de Santo Antônio da Cachoeira (Piracaia). Em 13 de março de 1891, através do Decreto-Lei Estadual nº 135, o povoado foi elevado a Distrito de Paz do município de Santo Antonio da Cachoeira (atual Piracaia) com o nome de São João do Curralinho. Suprimido pela Lei Estadual nº 54, de 9 de agosto de 1892 e restaurado pela de nº 207, de 30 de agosto de 1893. Vista aérea de Joanópolis,
vendo-se a casa de Felício Fernandes Nogueira construída em 1929.6 Em 17 de agosto de 1895, através da Lei Estadual nº 348, foi elevada à categoria de vila com a denominação de São João do Curralinho, desmembrado de Santo Antônio da Cachoeira. Sua instalação ocorreu no dia 21 de agosto de 1896. Em 19 de dezembro de 1906, através da Lei Estadual nº 1038, foi elevada a categoria de município. O município tomou a denominação de Joanópolis
, através da Lei Estadual nº 1578, de 18 de dezembro de 1917, cujo significado é cidade de João, em virtude de seu padroeiro, São João Batista. No dia 23 de janeiro de 2001, o município foi elevado à categoria de Estância Turística, através da Lei Estadual nº 10.759.
Os Nogueira na região
Em 1797, José Nogueira, Geraldo Nogueira e João Nogueira Bueno, viviam em Conceição do Jaguary (Bragana Paulista), onde na época existiam apenas 25 casas habitadas. Nesse ano, vários cidadãos, inclusive os Nogueira, assinaram uma petição, solicitando a emancipação do lugar. No Almanach
de Piracaia, encontramos o nome de Francisco [Antonio] Nogueira, irmão de Ignácio Nogueira, mencionado como um dos primeiros construtores do município, em 1817, quando o seu nome ainda era Vila de Santo Antônio da Cachoeira. No mesmo Almanach refere-se a Manuel Gomes Nogueira, em 1830, como proprietário de um sítio nas proximidades do rio Jacareí e "Pedra Grande do Lopo". Em 1865, Antônio Gomes Nogueira Fernandes era proprietário de um sítio no Bairro da Moenda, em Curralinho. Suas terras, na época do desenvolvimento da Vila de São João do Curralinho, pertenceram a Benjamin Ferreira de Moraes, nome ligado a história. O nome Nogueira Fernandes parece sugerir ligação deste com a família Fernandes de Almeida. Isto é novamente sugerido, como
veremos oportunamente, em relação de negócios entre as duas famílias em Curralinho e nomes de descendentes dos Nogueira.
Cachoeira dos Pretos.
É provável que João José Baptista Nogueira, que nasceu no Porto Pt em 1825, que chegou ao Brasil aos dez anos de idade, tenha ido parar em Curralinho através de parentesco com os irmãos Francisco Antônio Nogueira e Ignácio Nogueira, dois dos primeiros construtores de Piracaia.
Outros nomes tradicionais|
Por volta de 1800, alguns nomes tradicionais e importantes na história do país, provavelmente "posseiros", já viviam em Curralinho ou adjacências.
Entre outros, foram eles: Domingos José Pinto, chefe de numerosa família, Pedro Rodrigues de Oliveira, conhecido como Nhonhõ Preto, filho do alferes Manuel Preto e José Gonçalves Pereira. Esses nomes nãoforam encontrados na lista de Sesmeiros. Infelizmente, busca mais rigorosa foi impossível devido estarem os documentos (nas latas), no Arquivo do Estado de São Paulo, totalmente contaminados com droga altamente perigosa a saúde de seus usuários. Certamente existiram outros, mas referimo-nos a nomes que se tornaram conhecidos através dos anos nas adjacências de Curralinho. A "Ponte dos Nogueiras" e o "Morro do João Nogueira"
Ainda no início da história de Piracaia, em 1829, nas divisas eclesiásticas do município, é mencionada a "Ponte dos Nogueiras" sobre o "Rio Jacarehy". O nome Nogueira está estritamente ligado à história da fundação e desenvolvimento do município de Piracaia e em conexão com propriedades de muitas terras em toda a região, existindo até mesmo um morro conhecido como o "Morro do João Nogueira". No Arquivo do Estado de São Paulo, foi encontrado um mapa antigo de Piracaia e região, o qual indica o "Morro do João Nogueira", cuja localização podemos verificar em relação à Fazenda Fortaleza e à Fazenda Santa Rosa, ambas nas proximidades da Serra do Lopo. Já em 1601, este morro tinha o nome ligado a um português e era
conhecido como ponto geográfico histórico importante, referência para os Bandeirantes que por ai passavam a fim de encontrar a presença indígena e do ciclo do ouro. Existe a grande possibilidade de que o "Morro do João Nogueira" também já existisse nos anos de 1600, o que, absolutamente, não nos causaria surpresa. A presença dos Nogueira na região, assim como a existência da "ponte" e do "morro" nada esclarecem sobre os Nogueira em Curralinho, mas confirma que essa antiga família não só possuía muitas terras na região bragantina, como também tinha conexão com João José Baptista Nogueira que se encontrava no Bairro do Curralinho, em 1856, já que existe documento de compra e venda de terras em seu nome neste ano. Concluímos, ainda, que João José Baptista Nogueira, de apenas dez anos, foi viver no antigo Bairro de Curralinho, por volta de 1835, ai cresceu e adotou a cidadania de curralinhense. Portanto, em 1878, ele vivia na região há cerca de 43 anos, havia se transformado em um adulto maduro, pessoa bondosa e, como seus ancestrais, também havia se tornado possuidor de muitas terras. O pequeno português havia se integrado na terra e se tornado parte de sua história.
O que a história indica, portanto, à que os primeiros Nogueira fizeram parte daqueles que se envolveram na fundação e desenvolvimento das freguesias: Conceição do Jaguary (Bragança Paulista) e Santo Antônio da Cachoeira (Piracaia). Felício Fernandes Nogueira, por ocasião de sua formatura em medicina na cidade de Curitiba PR (1930/35). É certo que os primeiros Nogueira chegaram a conhecer o arraial de Jacareí - 1740 - (depois Curralinho), assim como é certo que João José Baptista Nogueira foi um dos fundadores legítimos do bairro do Curralinho. Líderes e figuras políticas. Alguns descendentes de fundadores legítimos da Vila de São João do Curralinho. Membros do Partido Republicano Paulista. De pé: José Cândido de Campos, Francisco Wöhlers, Godofredo Frederigue,
Domingos José Nogueira e João Augusto Ferreira. Sentados: Antônio Luiz da Silveira, Nabor Silva, João Ernesto Figueiredo e Domingos Marcondes da Silveira.
Felício Fernandes Nogueira
Filho de Arnaldo José Nogueira e Maria Luiza de Oliveira, Felício Fernandes Nogueira (1900-1985), entre os cientistas joanopolenses, parecer ser a figura lembrada com maior carinho, a princípio, fez o curso primário em sua terra e até os 17 anos trabalhou na lavoura ao lado dos colonos da fazenda São João. Cursou o secundário no Liceu Fluminense de Humanidades do Estado do Rio de Janeiro.

Diplomou-se farmacêutico pela Escola de Pharmacia e Odontologia de Pindamonhangaba SP, com farmácia montada na década de 1930, posteriormente, como médico, formado em Curitiba PR, e ainda como político. Trabalhou como médico em Getulina e Descalvado. Dedicou a maior parte de sua vida profissional ao povo de sua terra, foi diretor e médico obstetra da Santa Casa de Joanópolis por 20 anos. Demonstrou sua capacidade e vigor na posição de líder político, assumindo a administração do município, como Prefeito, três vezes (1928-1930; 1942-1946 e 1948-1950). Por suas administrações foi considerado um dos três melhores prefeitos do Estado de São Paulo, em
concurso realizado pela Rádio Record. Em 1951 foi nomeado pelo presidente (hoje chama-se governador) de São Paulo, Prof. Lucas Nogueira Garcez, como chefe do Posto de Saúde de Santa Bárbara d´Oeste, realizando projetos para o crescimento deste município. A casa (foto abaixo, a direita) têm 9 cômodos, foi demorada a sua construção. Terminou em 1929. Disse Norberto Nogueira, 69 (1940-2012; 72 anos), sobrinho de Felício
Fernandes Nogueira. Quando ele foi prefeito… Era uma "brigaiada". Eles queriam atacar ele lá… Ele morava naquele sobrado ali… Da farmácia. Dai… Meu pai (José Arnaldo Nogueira), meus irmãos, iam todos com arma para ficar junto d´ele, para protegê-lo dos adversários. Depoimento de Iracema (Nogueira), 89 (1921-2010). Joanópolis. Foi palacete do médico Felício, palco de acontecimentos inusitados, conforme depoimento, acima, de Iracema (Nogueira) Bertolini Alberti. Rivalidades
Contexto histórico
Foi nesse contexto histórico da povoação que, graças a esses primitivos [os pioneiros: civilizadores x bandoleiros],
a certo ponto, na década de 1870, alguns ainda queriam "denominar" o povoado de "terra de assassinos". Por essa razão, o lugar chegou a ser chamado, por alguns, de São João do "fura tripa". Tais denominações sugerem claramente o estado de angústia em que viviam os moradores de Curralinho, castigados pelas perseguições e sob constantes ameaças de morte pelos desordeiros que viviam a promover o terror e o descrédito do lugar.
Bairro dos Nogueira
Oeste de Joanópolis. Loteamento em crescimento
desde 2006. Muitos Nogueira e parentes moram no local. Com mais de 100 imóveis, o terreno fora dos herdeiros de José Arnaldo Nogueira e Antônio Alberti, que venderam a preços módicos ao atuais moradores, contribuindo para o crescimento do município.
Uma sociedade "sui generis"
A interligação entre famílias, através de casamentos, deu origem à formação de uma pequena sociedade "sui generis" sob certos aspectos. Os membros dessa sociedade foram se interligando, não só socialmente e através da religião, mas também em negócios relacionados com a lavoura local, e com compra e venda de terras e de animais e participação em heranças. Os laços familiares e os negócios mantinham as famílias unidas em seus objetivos, e, como não podia deixar de ser, mantinha a tradição. Apesar de não ser este um episódio inédito na história das
pequenas cidades paulistas, as alianças entre os próprios moradores de Curralinho explicam a razão do temperamento dos curralinhenses, e, de certa forma, algumas características das consequências dessas alianças continuam presentes, atualmente, na sociedade joanopolense. As alianças entre residentes foram tornando todos membros de uma mesma família que, com o tempo, foi crescendo. Isto justifica o orgulho da gente, ainda hoje, pelas gerações que os antecederam. É difícil encontrar na cidade uma família, descendente dos pioneiros, que não tenha algum parentesco com várias outras famílias antigas do tempo de Curralinho. Existem vários graus de parentesco entre os descendentes dessas famílias A lista é interminável, inúmeros casais continuam alimentando a tradição. Somente a partir da inauguração da Capela de São João Batista, em 1887, começaram a surgir casamentos de curralinhenses com jovens das cidades vizinhas. As novas vias de
comunicação foram lentamente modificando a tradição. Seria necessário uma pesquisa profunda a fim de descobrir a inter-relação entre famílias antigas de Joanópolis. Admitimos que, em alguns casos, a ligação entre elas já existia no país de origem, Portugal, onde a decisão de imigrar para o Brasil era tomada com bases nas trocas de informações sobre a vida no Brasil. Era entre amigos e membros da família que o entusiasmo crescia para reencontrar, na colônia, os entes queridos.
Usina Jaguari Rio Cachoeira Rio Jaguari Rodovias SP-36 - José Augusto Freire Turismo.Cachoeira dos Pretos: Linda e imponente. Cachoeira dos Pretos: tem altura de 154 metros e forma a nascente do rio Jaguari afluente do rio Piracicaba. Destaca-se pelo seu enorme volume de água. Está situada a 18 km do centro de Joanópolis. Cachoeira da Iponina. Cachoeira da Iponina: localizada a 7,5 km da cachoeira
dos Pretos, é possível acessá-la através da própria estrada vicinal da cachoeira, além de uma pequena caminhada pelo meio da mata. Por seu aspecto selvagem, permite ao visitante um intenso contato com a natureza. Está cercada por bromélias e pedras escorregadias, sendo um local perigoso para os despreparados. Gigante Adormecido: corresponde a uma curiosa formação rochosa, no pé da Serra da Mantiqueira, que vista da rodovia ou da cidade vislumbra um homem deitado em cima da serra. É possível chegar ao pico por caminhada.
Referências
O Commons possui uma categoria com multimídias sobre Joanópolis Página da prefeitura Antiga casa do saudoso médico Felício Fernandes Nogueira, chefe do posto de saúde de Santa Bárbara D´Oeste. Escola de Pharmacia e Odontologia de Pindamonhangaba (1913-1928), local que Felício Fernandes Nogueira cursou Farmácia.
Joanopolis cidade  do
mito  Lobisomem
Dizem que, quem tem muita sorte nasce virado pra lua e Joanópolis parece ser uma destas cidades em que a lua dá muita sorte, principalmente a lua cheia, pois é nela que o lobisomem costuma aparecer. Temido no passado, o lobisomem joanopolense passou por nova metamorfose, deixou de ser amaldiçoado para dar sorte, de mau passou a brejeiro e de temido passou a ser amigo.O lobisomem teve suas histórias aguçadas em 1983, quando a folclorista Maria do Rosário de Souza Tavares de Lima defendeu sua tese para a Escola do Folclore de São Paulo, tendo como tema o Lobisomem e como local de pesquisa nossa cidade, lançando o livro: "Lobisomem: assombração e realidade".
Em 1998 o Lobisomem voltou à tona, através do comercial sobre folclore do grupo MacDonald´s, no qual figuraram pessoas de nossa cidade. Surgiu então a LOBOMANIA, confeccionando camisetas, adesivos e eventos, nascendo aí a A.C.L. - Associação dos Criadores de Lobisomens, com o intuito de difundir este precioso mito.
Este lobisomem nunca percorreu tantas cidades como agora, mas ao invés de terror, traz a proposta de um turismo sui-generis, ou seja, o turismo do imaginário


Coreto praça principal de Joanópolis, onde aos sabados reuniam-se musicos que compunham a banda Lira Joanopolense para  alegria  dos moradores da terceira idade.

Papai Noel em Joanópolis
Continuando a programação do NATAL DE PAZ 2009 em Joanópolis, no último dia 19 de dezembro, após a apresentação do Grupo de Seresta Renascer de Extrema, o Papai Noel acompanhado de Mamãe Noel e de um Gnomo desceram pelas ruas da praça.
Outro casal que viveu por 23 anos o papai e mamãe noel da cidade de Joanópolis (in memoria dele) foi Joel Roberto Thomazi


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