Bananal é o município no extremo leste do estado de São Paulo, na microrregião de mesmo nome. A população estimada em 2003 era de 9 910 habitantes e a área é de 618,7 km², o que resulta numa densidade demográfica de 16,02 hab/km².
Estância turística
Bananal é um dos 29 municípios paulistas considerados estâncias turísticas pelo estado de São Paulo, por cumprirem determinados pré-requisitos definidos por Lei Estadual. Tal status garante a esses municípios uma verba maior por parte do Estado para a promoção do turismo regional. Também, o município adquire o direito de agregar junto a seu nome o título de
Estância Turística, termo pelo qual passa a ser designado tanto pelo expediente municipal oficial quanto pelas referências estaduais.
História
O Bananal nasceu da povoação fundada por João Barbosa de Camargo e sua mulher Maria Ribeiro de Jesus, que aí ergueram uma capela dedicada ao Senhor Bom Jesus do Livramento, em sesmaria que lhes foi doada em 1783. O povoado foi elevado a vila, em 1832, e à município, em 1849, sendo comarca desde 1858.
O município cresceu e se
enriqueceu com as fazendas de café. Com tanta riqueza, Bananal chegou a avalizar para o Império empréstimos feitos em bancos ingleses, chegando a cidade ao luxo de possuir, por algum tempo, moeda própria. Com a decadência do café, as fazendas passaram para a pecuária leiteira. Dos tempos anteriores ficaram muitos e valiosos monumentos:
Solar Valim com fachada restaurada
Solar Manoel de Aguiar Valim, antigo solar do Barão Manoel de Aguiar Valim, um dos mais próspero cafeicultor do Vale do Paraíba no século XIX. Localizado na Praça Rubião Júnior, no centro da cidade, foi construído entre 1854 e 1860. Em 1909 foi entregue pela família ao Estado. Tombado pelo CONDEPHAAT em 1972 e doado ao Município, passando a ser sede da Prefeitura até meados da década de 80.
Nos anos seguintes foi abandonado pelo governo municipal, o que acarretou a sua deterioração. Desde 2006 é sede da ABATUR - Associação Bananalense de Turismo , que tenta, aos poucos, restaurá-lo. Suas características são neoclássicas, suas portas principais são em arco pleno e a escada principal tem lances simétricos. Com um magnífico hall e murais feitos pelo artista catalão José Maria Villaronga, dos quais ainda restam vestígios. No salão de baile, que possuía um coreto para a orquestra, o Barão Manoel de Aguiar Vallim realizava festas e recebia altos dignitários do Império, entre outros, o Gastão de Orléans, Conde d'Eu.
Pharmácia Popular, Antiga Farmácia Imperial: Existe desde 1830, fundada por um boticário francês, tendo, depois de sucessivos proprietários, chegado, 1922, às mãos do farmacêutico Ernâni Graça. Com o seu falecimento em 1956, passou a ser administrada pelo seu filho Plínio Graça até o seu falecimento em 2011. Chegou a receber um prêmio da Fundação Roberto Marinho como a mais antiga farmácia em funcionamento no Brasil, e, apesar de tombada pelo Patrimônio Histórico, encontra-se fechada, em situação muito precária desde a morte de seu antigo proprietário..
Chafariz de ferro: Em 1879, por iniciativa de Alfredo Campos da Paz, foi inaugurado no Bananal um chafariz de ferro. Destinado ao atendimento da população que ainda não contava com o serviço de água encanada, o chafariz, hoje restaurado, tem forma de coluna e é ornado com elementos barroco.
Seus limites são os municípios fluminenses de Barra Mansa a norte, Rio Claro a leste e Angra dos Reis a sul, assim como São José do Barreiro e Arapeí (ambos em São Paulo) a oeste.
HidrografiaRio Bracuí
Rio Bananal
FERROVIA
A estação de Bananal se destaca.
Foi pré-fabricada na Bélgica e montada na cidade, reduto de fazendeiros ricos na época em que o vale do Paraíba era a região produtora de café.
Ribeirão Bananal
O Ribeirão Bananal, localizado na BR-020, em frente ao Parque Nacional, foi liberado para abastecimento de água da cidade. Com isso, o manancial vai integrar o sistema de captação e irá abastecer a região
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